29/05/2006


Antítese

tenho certeza que me perco. tenho certeza que ajo errado, ajo por impulso, ajo ao contrário. tenho certeza que mudo as ordens; e no final me prejudico. tenho certeza que esse tempo todo, usei minha ilusão como abrigo.
quando chego perto de novas certezas, duvido. o verbo pra mim, nunca vira carne. o concreto foge, esconde-se, passa longe de mim. os únicos fatos sólidos, verdadeiros, inquestionáveis, minhas únicas certezas: perco-me, ajo errado, ajo por impulso, ajo ao contrário; mudo as ordens, prejudico-me, uso minha ilusão como abrigo.
desanimo e evaporo. condenso, solidifico. mudo a aparência, mas por dentro é a mesma estrutura corroída pelos próprios pensamentos. exponho-me, deixo à mostra; mostro as letras e os parágrafos da minha vida, o livro aberto. difícil é interpretar.
e é assim que levo a vida na inconstância. nunca satisfeita, sempre inconformada. notáveis são apenas meus erros e pedras no meio do caminho, porque o nascer do sol cega e queima minha memória.

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marina, 17:04
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23/05/2006


De ponta-cabeça

eu gosto de escrever, gosto de opinar, gosto de me expressar. que soe como loucura, mas é verdade: me dá prazer o ato de me expor com letras, de soar convicta, decidida e moralista.
mas é difícil de lidar com a minha ganância pelas palavras, quando não sei bem sobre o que falar ou relatar. digamos que, me perdi na busca por um assunto.
pedi auxílio então, ao meu mapa de temas.
ele me deu uma boa orientação: dê três passos à esquerda, cinco para frente, sente-se. apalpe a terra e procure algum vestígio de buraco camuflado. achou? perfeito! tire o desfarce que o cobre, e com muito cuidado, destampando o buraco devagar, tire lá do fundo uma daquelas suas lembranças remotas - provavelmente estarão um pouco sujas de terra, mas não se espante.
segure firme, apalpe, cheire, note a forma, sinta, explore. agradou? aí está o seu tema. tente associa-lo com algo atual. opa! deu certo?

quando era pequena (aliás, menor), encostava o sofá perto da janela, e deitava, de cabeça para baixo, pondo as pernas pra fora da janela aberta, e deixando a cabeça quase encostar no chão.
dava gargalhadas da aparência do mundo de cabeça-pra-baixo.
e aí pensava: eu me viro, e vejo o mundo de um jeito diferente.
as pernas balançavam do lado de fora pegando um poquinho da brisa do fim da tarde. nada de aparentemente muito especial, mas era realmente divertido.
hipócritas eram os que ridicularizavam; sei que no fundo tinham curiosidade de fazer aquilo também. situações deliciosas e singelas como essas brincadeiras de criança dão ótimos resultados no futuro. e os emburradinhos de plantão que se recolham com a sua ignorância e descrença, já que é provado que infância feliz dá reflexo, sim!
"ver o mundo de um jeito diferente" foi passatempo por anos. talvez até uma das coisas mais divertidas da época. a altura das janelas da casa eram totalmente propícias à situação.
mas teve o dia da mudança: adeus, casa. adeus, janela. adeus, sofá.

fiquei então, desprovida por algum tempo da visão do mundo de cabeça para baixo.
e cheguei a grande conclusão que ver o mundo de um jeito diferente me fazia feliz; mas quando me tiraram esse privilégio e vi tudo sempre do mesmo jeito, entristeci.
eis aqui, a parte da minha infância que ajudou nas minhas atuais características.
quando recebemos a permissão de ver as coisas de um jeito diferente, de falar a respeito delas de um jeito diferente, de fazer coisas diferentes, acabamos gerando um estilo próprio.
levei algum tempo para perceber que a janela era só um dos lugares que me permitiam ver o mundo de cabeça pra baixo. descobri outros depois de algumas semanas. e depois de mais alguns anos, notei que não precisava mais do auxílio de objetos para virar as coisas. tentava olhar de cabeça para baixo, de fora para dentro, de dentro para fora, de frente, de lado, de costas.
daí aprendi a analisar e julgar as coisas de uma outra forma.

hoje em dia, admito que tenho dificuldade de lidar com pessoas sem opinião, ou aquelas pré-conceitu(adas)(osas).
sabe o que deveria ser feito? essa pessoas deviam deitar-se no chão para observar nuvens. elas iriam ver como cada um vê as coisas diferente do outro. e depois elas deveriam tentar a janela, quando já estivessem mais preparadas.

já está tarde.
o mundo precisa ver as coisas de um jeito diferente. tomar uma injeção de opinião própria, respeito e atitude.

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marina, 16:38
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08/05/2006


Regressão

às vezes me pego pensando o quanto as memórias são cabulosas.
as coisas quem eu mais quis lembrar, me esqueci; e as que mais quis esquecer, me lembro sempre.
e não falo apenas do lado poético, romântico e clichê da coisa.

quem nunca passou por um famoso "branco" na hora do teste? ou então, esqueceu um endereço ou um telefone importante, justamente quando mais precisava dele? e a pior das situações: esqueceu nome do rapaz que conheceu ontem.
quem não quis se esquecer da avaliação baixa? do fracasso no trabalho? do acidente de carro? da morte do amigo? da dor, num geral.
e no dia em que eu estava analizando estes fatos, comentaram comigo sobre um método chamado "regressão de memória", aonde você procura nas suas memórias mais antigas e esquecidas - por meio de hipinose - a solução ou a explicação para os problemas atuais.
memória é, metaforicamente falando, um lixão.
por cima plantamos as árvores das boas recordações; que geram as flores da amizade e os frutos das paixões ardentes.
mas se olharmos além da raiz, na profundidade que não se mede por metros, e sim por nível de esquecimento, achamos a área fétida das más recordações. liberamos o gás metano e qualquer faísca de infelicidade é capaz de causar uma explosão depressiva dentro de nós.
então, para quê liberar o gás?
é tudo tão mais bonito e florido externamente.
escondemo-nos por tanto tempo de toda essa sujeira, e quando ela começa a ser degenerada, damos à ela vida novamente.
há quem veja vantagens em toda essa sofisticação da memória. pensando no assunto, até lembrei de um filme chamado brilho eterno de uma mente sem lembranças.
mas vai ver, eu já estou fantasiando demais a situação.
o melhor que tenho a fazer é uma "deletação de memória" para esquecer que algum dia escrevi isto.

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marina, 15:13
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Nota mental

para mim, a maioria das letras nunca foram suficientemente claras. a maioria das palavras nunca foram suficientemente expressivas. a maioria das descrições são mentiras perfeccionistas. e a maioria das opiniões, meros pensamentos vagos muitas vezes desnecessários e mal-formulados.
não aprendi a me satisfazer com qualquer coisa que as pessoas me ofereçam.
mas em compensação, aprendi - sozinha - a ser repulsiva às situações desagradáveis do dia-a-dia.

e para as ridicularidades que escuto diariamente, dou um grande e bom "olá!". sejam bem-vindas ao mundo de quem já se acostumou com a presença de vocês. obrigada pelo aprendizado que me passaram, e agora sigam em paz.
adeus! e vai pela sombra, viu?

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marina, 14:22
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03/05/2006


Cafezinho e biscoito de manteiga

Acordei de madrugada. Aquelas malditas pílulas que minha médica havia receitado em nada me adiantaram. Só me serviram pra gastar dinheiro. Acho que meu distúrbio é mais intenso que a droga.
Sentei, encostando-me na cabeceira da cama. Passaram alguns instantes e levantei-me.
Alguma coisa no meu quarto foi muito mal projetada. Levanto-me de cama e logo encontro meu espelho me dando um caloroso "bom dia" irônico. "Bom dia, gordinha", ele me disse. Certos dias ele resolve mudar o discurso: "Bom dia, cara inchada”.
De fato, ele não gostava muito de mim.
Ou eu que não gostava dele.
Ou eu e ele, que não gostávamos de minha pessoa.

Sentei-me a mesa, mas não tinha fome. Resolvi voltar ao quarto e trocar de roupa: Hoje eu vou caminhar. Vou correr. Vou me exercitar. Vou achar uma academia, um lugar para praticar esportes... Vou achar minha saúde que se escondeu em algum baú por aí. Tenho que ir logo, pois em breve ela pode ser apagada, soterratada pelas teias da aranha chamada morte.

O dia era razoavelmente claro. Frio acompanhado do sol suave da manhã e algumas nuvens. Caminhava em passos largos e rápidos, ouvindo um walk manpré-histórico que tinha achado junto a minha antiga roupa de ginástica. Devo dizer que agradeço seriamente à quem inventou a os tecidos esticam; eles salvaram-me; não fora eles, eu teria que correr para alguma loja e comprar roupas de ginástica um tamanho maior - e Deus, isso é tão irritante para uma mente feminina! Não só pelo fato da vendedora te achar grande (para não dizer pior), mas pela sua própria consciência apitando "eu te avisei que isso aconteceria”.
Passei por um jovem muito atraente. Olhos verdes e queixo quadrado, olhar profundo e... efêmero. Levou alguns segundos para que ele me olhasse e virasse o rosto. Aquele jovem, com aparência de homem formado, era talvez tímido.
Ou não. Passou-se pouco tempo e ele voltou a me olhar. Parou e fitou seu olhar verde em mim.
- Anabela?
Virei abobada. "Como diabos ele sabe meu nome?", passou pela minha cabeça.
- Sim?
- Oi! Quanto tempo, hein? Lembra-se de mim? Pedro, filho do Luis Felipe.
Luis Felipe foi um homem que trabalhou no mesmo departamento que eu por alguns anos. O filho dele - o tal Pedro - visitava o pai todos os dias e sempre me pedia pra fazer um café com leite em pó para ele. Gostava dos biscoitos amanteigados e lia revistinhas de videogame. Um menino bem serelepe, por sinal.
- Pedro? Nossa! Como você cresceu! - Essa é a típica frase que toda a titia diz ao sobrinho que não vê há 1 ano. Titias realmente gostam de exagerar. Mas no meu caso não era exagero. Fazia uns 13 anos que eu tinha saído do departamento e que não via o menino. Perguntei-me naquele instante, como é que ele lembra de mim, sendo que a última vez que me viu, há 13 anos atrás, ele tinha 11 anos. A resposta veio rapidamente: Jovem e marcado pelo meu cafezinho. Definitivamente, eu estou ficando velha.
- É verdade... Mas, faz alguns anos que não nos víamos, não é? Há quantos anos que você saiu do departamento do meu pai?
- Há uns 13 anos, eu acho... Não tenho muita certeza. Sabe como é, os anos voam e a gente perde a noção do tempo. - Deixei escapar de fato, que era velha. A quarentona dentro de mim se revelou como um trovão na noite escura.
- Olha, deve ser. Mas você continua a mesma. Bonitona e inteira! - Nas entrelinhas, ele quis dizer que eu mudei, estou mais feia, mas ainda dá para aceitar.
- Você acha mesmo? Muito obrigada. - Estupidez reinou. A ironia dentro de mim foi maior.
- E o cafezinho? - Estava demorando pra entrar no assunto, não é?
- Agora, só café passado na minha casa mesmo.
- Ah, é? E quando é que eu vou poder provar um?
Como assim?! Um rapaz daquele se convidando para ir até a minha casa?! Só pode ser brincadeira.
- Quando estiver interessado. É só avisar. - Dentro de mim, eu sabia que ele não viria.
- Ótimo! Que tal agora? Eu não comi nada antes de sair de casa então de repente podíamos tomar um café e comer aqueles biscoitos amanteigados. Que acha?
- Claro! Vamos.
Sabe, homens às vezes não associam as coisas. Que tipo de cantada era essa? E sabe qual é o problema dela? Eu estava indo tomar um café, jogar um papo fora, com o filho do meu ex-chefe. E pra melhorar a situação, nós íamos degustas as únicas lembranças que eu tinha dele: Café e biscoito amanteigado. Como é que eu iria encarar o rapaz como um jovem, quase um homem, vendo ele se deliciar com as coisas da sua época pré-adolescente?
Eu não sabia; mas estava prestes a descobrir.

Foram apenas uns cinco minutos caminhando. De fato, a minha casa não era longe e ele me pegou no começo da caminhada, sem mal me dar a chance de chegar a um quilômetro de distância.
- Fique a vontade. Pode se sentar.
Repousei em frente ao fogão, botando café para passar. Abri o armário a procura dos tais biscoitos. Achei, e os pus na mesa. Entreguei a ele uma caneca vazia; e ele, com suas mãos grandes e pele clara, passou a palma e os dedos ao redor da caneca, segurando-a com firmeza como quem tem anciosidade de tomar o café logo.
- E então, como anda a sua vida?
- Tive uma filha
- Já?! - A juventude está perdida.
- É. Na verdade, não cheguei a me casar. Minha ex-namorada deixou a menina comigo e resolveu me largar.
Fiquei em silêncio. Eram muitas informações surpreendentes de uma vez: Ele tinha 24 anos, tinha uma filha, e foi largado pela mulher. A mulher devia ser cega. Mesmo se o rapaz fosse um peste, eu não o largaria de jeito nenhum. A beleza dele compensava tudo Mas era um pensamento compreensível, visto que a menina é jovem e ainda tem outras oportunidades de amor pela frente.
- E dizem que os homens que são cafajestes. - Se fosse um outro homem que dissesse isso, se fosse um homem de olhos não-verdes, de queixo não-quadrado-e-charmoso, com um tom de voz não-baixo-e-desapontado... Ele seria expulso da minha casa. Sofri grande parte da minha vida por causa de homens cafajestes e ainda não tinha aprendido a superar isso. Culpo-os pela minha gordura e solidão. Tive que optar pela companhia sempre disposta dos chocolates, sorvetes e sobremesas para suprir a falta que eles me faziam, apesar de serem uns puros cafajestes.
- Você ainda é jovem. Talvez essa venha a ser sua primeira desilusão. Mas ainda tens muito o que viver. Você vai ver que ainda terá ótimos momentos ao lado de outra pessoa, provavelmente.
- Mas sabe como é... Ainda há chances que não. (...) Mas vamos mudar de assunto.
- E se pai, como anda?
- Está no hospital. Câncer de pulmão. - Bem que eu sabia que Luis Felipe fumava demais! Sorte a minha que ele fumava fora do escritório. Não fosse assim, eu já teria câncer também por ser fumante passiva.
- Nossa, que terrível! Sabe, eu gostava de trabalhar com seu pai... ele era uma boa pessoa e...
Fui interrompida. O rapaz se levantou, desligou o fogão, serviu-se de café e tomou num gole rápido. Fiquei parada, abismada, encarando-o. Mal tive tempo de pensar no que estava acontecendo, e ele pôs as mãos grandes, aquecidas pelo café na caneca, em meu braço. Contornou-os e agarrou-os com força, enquanto olhava diretamente para meus lábios.
Era claro: ele iria me beijar.
E agora era fato: me beijou.
Arrastou-me pelos corredores em seus braços. Cambaleávamos em direção ao quarto como dois bêbados iam à direção do bar.
Jogou-me na minha cama, beijou-me, despiou-me, agiu. Não foi rápido, foi maravilhosamente bom e foi silencioso.
Eu não tinha entendido nada. O que ele viu em mim, o que eu falei, o que eu fiz... Só sei que algo nele se atraiu por mim e aconteceu.

Acordei e olhei para aquele homem lindo ao meu lado. Era fim de tarde, e começava a escurecer agora.
Dei um olá ao espelho, que me respondeu com um "Boa tarde, sexy girl". Apesar de ser bem melhor do que os adjetivos anteriores, ainda era repleto de ironia.
Fui até a cozinha tendo em mente um jantar romântico, a luz de velas acompanhado de uma boa massa ao molho pesto e um vinho branco. Talvez não devesse. Afinal, não era um grande encontro romântico e ele nem era provavelmente apaixonado por mim. Não poderia simplesmente começar a decorar o amor que não existia com clichês e jantares.
Comi uma maçã, encostada sobre a pia da cozinha. Olhei pra minha camisola cor-de-rosa e não me senti mais tão gorda, tão feia, tão velha. Eu era privilegiada. Muitas quarentonas em melhor estado físico que eu talvez não tivesse a mesma oportunidade que tive. Será que foi tudo culpa do cafezinho e dos biscoitos?
Voltei pra cama e deite-me ao lado do meu pequeno grande garoto, meu tesouro, meu monumento belo e masculino que decorava minha cama. Encostei-me perto dele, entrelacei nossas pernas e encostei a mão direita sobre seu pescoço. Fiz um leve carinho sobre seu rosto e seu pescoço enquanto ele dormia como um anjinho.
Acabei deixando-me levar pela idéia de dormir também. Provavelmente, quando eu acordasse, a peça perfeita não estaria mais repousando ao meu lado. Eu precisava guardar isso na memória de algum jeito. Pensei em levantar-me e procurar aonde tinha achado o walk man por alguma máquina fotográfica. Era possível que eu até achasse minha antiga máquina Polaroid. Mas não quis perder os momentos para bater uma fotografia. Olhei novamente o rosto do aprendiz de cafajeste ao meu lado e tentei manter em minha memória aquela manhã e aquela situação. Coincidências as vezes são realmente bênçãos.
Adormeci novamente, de bem com meus quilinhos a mais.
Não queria mais ligar para o restante do mundo.
Adormeci, em paz com meu corpo e meus sonhos para ver se acordava feliz, quando acordasse sozinha novamente.

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marina, 21:49
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sumário

o que eu queria dizer, e não disse
remember/forget/remember/forget/remember/forget
Caio F.alando por mim
Dois mil... Inove.
Sorry to myself
Dessssssssprezível
Liberdade
This mess we're in
O mais genial dos ensaios
Eu admito:

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marina b.,
18, pólis do sr. floriano peixe oco, da capitania hereditária de santa catarina, uma mistura de perfeccionismo, teimosia, stress, muita curiosidade, amor transbordante, algumas boas amizades, maternidade perfeita, valores, com uma pitada de angústia e inveja, porque todo mundo tem.
e uma ESFP.

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aquelas pessoas especiais, as músicas certas nas horas certas, fotografia, cores, composição, palavras/notas musicais blended in perfection, ponta fina, janelas grandes para sentar e olhar, o mar, uma coisinha pequena e doce ao final de uma refeição, momentos de ócio criativo, filmes embaixo das cobertas ou no cinema, felinos e vaquinhas, sorrisos inesperados, demonstrações de afeto, transbordar mel, reconhecimento.

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