14/08/2006
Esta é a primeira - e espero que seja a última - vez que venho aqui para um pequeno desabafo.
As coisas estão acontecendo muito rápido, e eu estou ficando literalmente perdida. Problemas vêm e não vão. Acumulam-se, rodopiam e atazanam. É como uma brisa chata, que devagar, vai derrubando e bagunçando as coisas, zunindo alto.
E eu quero de fato resolver todos os meus problemas. Eu quero de fato, fazer tudo o que eu tenho pra fazer. Mas algo aqui dentro de mim, me corrói e cansa, como uma sanguessuga, tirando o pouco de energia que me restava.
Em meio a tantas coisas, já não sei mais como expressar, como explicar, como conversar. Então, em outras palavras, estou aceitando companhia e uns remédios. Obrigada.
Marcadores: anger, stress diário
01/08/2006
- E o que eu faço com tudo isso que sinto por você?
- Guarda. - Ela respondeu; com a simplicidade de quem sabe que estas coisas, quando simplesmente existem, não precisam de um alojamento, um lugar, um espaço definido.
Ele pareceu confuso.
- Guarda. - Ela lhe disse nova e calmamente, indicando um caminho para o coração. Havia certa esperança de que ele levasse seu conselho ao pé da letra. Guardar e esperar um pouco, esperar pelo tempo, esperar pelo que faltava para tornar tudo o que estava guardado em algo palpável.
Guarda, assim, como quem não quer nada. Assim, como quem vai usar daqui a um minuto, quando sair do banho, quando sair à rua, quando for dormir, quando amanhecer.
Guarda solto em cima da cômoda, à vista dos olhos, no meio de outras bugigangas, finge que ele nem toma tanto espaço. Ou guarda na última gaveta, embrulhado num papel de seda, no fundo, bem longe dos olhos; de forma que mesmo que você não abra a gaveta, saberá que está lá. E quando, ou se, você for abrir, o perfume que virá lá do fundo vai invadir seu quarto, sua casa, sua vida, devolvendo ao coração aquele sentimento de pertencer.
Guarda, ela lhe disse, tentando lhe dizer tudo isso. Pronunciou apenas "guarda" e deduziu que ele compreenderia dali em diante.
Então, ele lhe perguntou:
- Onde?
Dedução errada. Será que ele não entendeu? Era uma única palavra, é verdade... Porém, significava mais do que seis letras, três vogais, três consoantes, g-u-a-r-d-a. Significa entrega, significa crença e fé em um sentimento. É amor, Deus do céu. Amor puro, límpido, incondicional. Amor que deixa partir e que espera voltar.
- Onde...?
Mas ela não queria lhe pedir nada mais. Não queria explicar. Não queria sofrer. Não queria nem lhe dizer que o que ela sentia por ele estava ali, guardado. Intenso e oprimido pelas circunstâncias.
- Tudo bem. Se não tiver espaço, joga fora e esquece.
Marcadores: carência, feeling blue, love, narrando
marina b.,
18, pólis do sr. floriano peixe oco, da capitania hereditária de santa catarina, uma mistura de perfeccionismo, teimosia, stress, muita curiosidade, amor transbordante, algumas boas amizades, maternidade perfeita, valores, com uma pitada de angústia e inveja, porque todo mundo tem.
e uma
ESFP.
love:
aquelas pessoas especiais, as músicas certas nas horas certas, fotografia, cores, composição, palavras/notas musicais blended in perfection, ponta fina, janelas grandes para sentar e olhar, o mar, uma coisinha pequena e doce ao final de uma refeição, momentos de ócio criativo, filmes embaixo das cobertas ou no cinema, felinos e vaquinhas, sorrisos inesperados, demonstrações de afeto, transbordar mel, reconhecimento.
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