18/09/2006


Casamento é complicado, George.

Conforme as minhas estatísticas: 8 em cada 10 de meus amigos já passaram por o que estou passando agora. E, 8 entre esses 8 entre 10, não são bons conselheiros.
Eu não sou do tipo que você chamaria “um cara normal”, e por isso mesmo não posso culpá-los por não me entenderem ou não saberem me aconselhar. Para estas situações, o que “um cara normal” faria seria: Ir à casa da amante, boate de strip-tease ou simplesmente uma mesa de bar. Afogar as mágoas (e o ganso). Voltar para casa embriagado, chorando pela mulher perdida. Respectivamente.

É claro que foram esses os conselhos que deram, pois foi isso o que fizeram. Mas para mim, simplesmente não dá certo. Acho que ainda não descobri nenhum método que desse certo. Estou aqui, sentado, escrevendo, tomando um café. E que tipo de homem – me diga, por favor, caso você saiba – faz isso depois de encontrar a mulher na cama com outro? Além de mim, é claro, não achei nenhuma outra resposta.
Por que eu não quebro alguns objetos? Por que não me revolto? Por que não grito, falo mal e bebo? Por que não vou atrás do tal rapaz e lhe espanco? Por que, pelo menos, nem atrás da minha mulher eu vou?
Porque eu não sou capaz. Ou porque a idéia simplesmente não me agrada. Vai ver eu sou um meio-homem, assim como ela já falava. Mas felizmente ou infelizmente, não mudei de time – ainda, pelo menos.
Todos os meus amigos me avisaram. “Se cuida, George. Casamento é complicado”... “Eu sei, eu sei”. E sabe o que me dizem agora? Exatamente a mesma coisa. “Pois é, George... Casamento é complicado”. Certo, isso eu já notei faz tempo. Só não sei o que se faz quando se avança dessa fase de perceber-que-é-complicado. Claro que nós vamos nos separar. Mas e aí? Minha vida de pós-casado/divorciado certamente não será a mesma que a de solteiro.
É essa a minha história. Investi anos no amor de uma mulher que eu julgava ser diferente. E depois de poucos meses de casado, descobri que era ela na verdade só mais uma. Então eis aqui, minha grande e única conclusão final (lê-se alternativa) sobre tudo: E agora, o que um cara comum faria?


George, 47 anos, ex-romântico “incurável”, cabelos grisalhos e corpo malhado, hoje é um feliz garanhão de moçoilas.

Marcadores: ,



marina, 19:10
0 comentários






sumário

o que eu queria dizer, e não disse
remember/forget/remember/forget/remember/forget
Caio F.alando por mim
Dois mil... Inove.
Sorry to myself
Dessssssssprezível
Liberdade
This mess we're in
O mais genial dos ensaios
Eu admito:

arquivo

novembro 2005
maio 2006
junho 2006
julho 2006
agosto 2006
setembro 2006
outubro 2006
novembro 2006
janeiro 2007
março 2007
abril 2007
maio 2007
junho 2007
julho 2007
setembro 2007
outubro 2007
novembro 2007
janeiro 2008
fevereiro 2008
março 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
fevereiro 2009
janeiro 2010

>
<

marina b.,
18, pólis do sr. floriano peixe oco, da capitania hereditária de santa catarina, uma mistura de perfeccionismo, teimosia, stress, muita curiosidade, amor transbordante, algumas boas amizades, maternidade perfeita, valores, com uma pitada de angústia e inveja, porque todo mundo tem.
e uma ESFP.

love:
aquelas pessoas especiais, as músicas certas nas horas certas, fotografia, cores, composição, palavras/notas musicais blended in perfection, ponta fina, janelas grandes para sentar e olhar, o mar, uma coisinha pequena e doce ao final de uma refeição, momentos de ócio criativo, filmes embaixo das cobertas ou no cinema, felinos e vaquinhas, sorrisos inesperados, demonstrações de afeto, transbordar mel, reconhecimento.

links:
flickr | lastfm | virb | orangotag | orkut | twitter
squidfingers | dafont


browsers:
funciona bem com: mozilla, safari, opera, chrome... um pouco diferente no internet explorer.