08/05/2006
às vezes me pego pensando o quanto as memórias são cabulosas.
as coisas quem eu mais quis lembrar, me esqueci; e as que mais quis esquecer, me lembro sempre.
e não falo apenas do lado poético, romântico e clichê da coisa.
quem nunca passou por um famoso "branco" na hora do teste? ou então, esqueceu um endereço ou um telefone importante, justamente quando mais precisava dele? e a pior das situações: esqueceu nome do rapaz que conheceu ontem.
quem não quis se esquecer da avaliação baixa? do fracasso no trabalho? do acidente de carro? da morte do amigo? da dor, num geral.
e no dia em que eu estava analizando estes fatos, comentaram comigo sobre um método chamado "regressão de memória", aonde você procura nas suas memórias mais antigas e esquecidas - por meio de hipinose - a solução ou a explicação para os problemas atuais.
memória é, metaforicamente falando, um lixão.
por cima plantamos as árvores das boas recordações; que geram as flores da amizade e os frutos das paixões ardentes.
mas se olharmos além da raiz, na profundidade que não se mede por metros, e sim por nível de esquecimento, achamos a área fétida das más recordações. liberamos o gás metano e qualquer faísca de infelicidade é capaz de causar uma explosão depressiva dentro de nós.
então, para quê liberar o gás?
é tudo tão mais bonito e florido externamente.
escondemo-nos por tanto tempo de toda essa sujeira, e quando ela começa a ser degenerada, damos à ela vida novamente.
há quem veja vantagens em toda essa sofisticação da memória. pensando no assunto, até lembrei de um filme chamado brilho eterno de uma mente sem lembranças.
mas vai ver, eu já estou fantasiando demais a situação.
o melhor que tenho a fazer é uma "deletação de memória" para esquecer que algum dia escrevi isto.
Marcadores: aleatório, boring
marina b.,
18, pólis do sr. floriano peixe oco, da capitania hereditária de santa catarina, uma mistura de perfeccionismo, teimosia, stress, muita curiosidade, amor transbordante, algumas boas amizades, maternidade perfeita, valores, com uma pitada de angústia e inveja, porque todo mundo tem.
e uma
ESFP.
love:
aquelas pessoas especiais, as músicas certas nas horas certas, fotografia, cores, composição, palavras/notas musicais blended in perfection, ponta fina, janelas grandes para sentar e olhar, o mar, uma coisinha pequena e doce ao final de uma refeição, momentos de ócio criativo, filmes embaixo das cobertas ou no cinema, felinos e vaquinhas, sorrisos inesperados, demonstrações de afeto, transbordar mel, reconhecimento.
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