24/09/2008


O mais genial dos ensaios

"(...) se antes de cada acto nós só nos puséssemos a prever todas as conseqüências dele a pensar nelas a sério. primeiro as imediatas. depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis~ não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão, aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala (...)"

Vi o filme ontem e até agora faltam-me as palavras. Lágrimas em 3 momentos especiais do filme; as mesmas que vieram quando li. As últimas dela, que se deram no final do filme, custaram a parar de jorrar. Saí da sala de cinema ainda tentando enxugar o rosto. "Excelente". É só o que posso dizer. Depois de ouvir tantas críticas negativas de quem leu o livro, tive receio. Ainda bem que mudei de idéia. Até agradeço; acho que por isso tudo foi tão acima das minhas expectativas.
Fiquei tão nostálgica, lembrando-me da época em que li... e tive uma saudade enorme de Saramago. Por isso procurei alguns fragmentos para refrescar a memória. Escolhi este para marcar aqui.
É genial, simplesmente. Ou, "geninho", como já diríamos eu e a ãmi.

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marina, 23:02
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21/09/2008


Eu admito:

que dói. demais.

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marina, 03:44
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14/09/2008


Tudo o que sou.

Eu ando pelo mundo sem ver, só sinto. Sinto cheiros sem cor e texturas com meias formas. Posso tocar o que é pequeno, mas nunca verei a imensidão. Ah! Não fossem as palavras... o que seria de mim?
Era eu ainda apenas um moleque, meu tato se desenvolvendo, poucas coisas eu conhecia; e aí, sentou aquela moça ao meu lado. Guiou meus dedos até uma folha de papel e sente uns buraquinhos estranhamente alinhados. A voz doce doce feminina disse: "Sinta as palavras".
Cresci, fisicamente e dentro dos meus estudos, e fui conhecendo tudo. Li inúmeros livros e até escrevi alguns, que jamais publicarei. Tenho ciúmes de algumas palavras, quero que sejam só minhas!
Acabei virando um crente da palavra. Se não posso nem ver seus olhos, como posso entender como você se sente? Só resta que me digas, e acreditarei. Se não vejo a praia, como vou compreender o horizonte? Descreva-me, e explique-me, e imaginarei, e acreditarei.
Eu exploro as palavras como quem explora uma caverna. Quero conhecer cada canto, cada pedaço, quero saber de onde veio, por que existe, como se faz e como se usa. Embutido na amplitude de meu vocabulário e de meu conhecimento, vêm chaves que abrem sempre mais portas para mim e para minha liberdade.
Acredito que aceitei as minhas condições e passei a amar viver graças às palavras. Elas me dão tudo o que amo e são minha companheiras em todos os lugares! Estão nas músicas que canto alegremente aos sábados pela manhã, estão nas declarações de amor mais lindas que fiz, estão em minhas viagens e lindas cidades que conheci, estão na receita da minha torta de amora favorita, estão em mim. Palavras: é tudo o que sou; e sou feliz assim.

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marina, 20:58
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sumário

o que eu queria dizer, e não disse
remember/forget/remember/forget/remember/forget
Caio F.alando por mim
Dois mil... Inove.
Sorry to myself
Dessssssssprezível
Liberdade
This mess we're in
O mais genial dos ensaios
Eu admito:

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marina b.,
18, pólis do sr. floriano peixe oco, da capitania hereditária de santa catarina, uma mistura de perfeccionismo, teimosia, stress, muita curiosidade, amor transbordante, algumas boas amizades, maternidade perfeita, valores, com uma pitada de angústia e inveja, porque todo mundo tem.
e uma ESFP.

love:
aquelas pessoas especiais, as músicas certas nas horas certas, fotografia, cores, composição, palavras/notas musicais blended in perfection, ponta fina, janelas grandes para sentar e olhar, o mar, uma coisinha pequena e doce ao final de uma refeição, momentos de ócio criativo, filmes embaixo das cobertas ou no cinema, felinos e vaquinhas, sorrisos inesperados, demonstrações de afeto, transbordar mel, reconhecimento.

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